Page 187 - XXII Prêmio Tesouro Nacional 2017
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Tema – Equilíbrio e Transparência Fiscal – Sérgio Wulff Gobetti, Rodrigo Octávio Orair e Frederico N. Dutra
de forma sequencial, testa-se a hipótese nula de haver “n” quebras, sendo que
a hipótese alternativa é de que há “n+1”. O teste para quando não se rejeita a
hipótese nula para um determinado “n”.
A abordagem recursiva serve para testar a estabilidade dos coeficientes de uma
regressão – no caso desse trabalho, a elasticidade de longo prazo – de forma iterativa.
Assim, a análise recursiva “para frente” consiste em estimar uma regressão para a
equação de longo prazo do MCE para uma amostra com T observações iniciais,
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adicionando-se um trimestre a cada iteração, até se chegar ao final da amostra. De
forma análoga, a análise “para trás” consiste em estimar essa mesma equação, porém
com apenas as observações do final da amostra. Incorpora-se à equação, então, um
trimestre de cada vez, até que se complete toda a mostra.
4.3 Resultados das estimativas de elasticidade
Nesta seção, analisamos os resultados das estimativas para elasticidades,
bem como os testes de estabilidade desse parâmetro. Podemos observar, pela
tabela 6, que há uma substancial diferença da elasticidade de longo prazo quando
consideramos inicialmente uma partição ad hoc da amostra, em 2004, ano em que
ocorre a inflexão na política tributária. Isso ocorre para todos as especificações
distintas de receita consideradas, sendo que todos os parâmetros são estatistica-
mente significativos.
De 1997 a 2004/T2 (período de aumento da oneração tributária), obser-
va-se que a elasticidade ficou maior que 2 para todas as receitas. Já para o período
posterior, ela ficou próxima à unidade. Quando consideramos toda a amostra, ou
seja, de 1997 a 2016, constatamos que a elasticidade fica em torno de 1,23.
27 Estimam-se as equações, nessas duas abordagens, com T = 12.
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