Page 254 - XXII Prêmio Tesouro Nacional 2017
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Tema – Equilíbrio e Transparência Fiscal – Carlos Eduardo de Freitas e Nelson Leitão Paes
agregado atinge aproximadamente 18,15% (SPPrev), 25,55% (PEC n 287/2016) e
o
32,28% (IDM72).
O estoque de capital aumenta progressivamente até atingir seu pico próximo
ao período 30 (SPPrev: 23,6871%), período 35 (PEC n 287/2016: 24,82%) e
o
período 37 (IDM72: 20,81%). Em seguida obtém-se uma leve queda que persiste
até o período 70. A partir desse momento a economia se ajusta até o período
80, e prossegue na trajetória do seu novo estado estacionário, superior ao estado
estacionário inicial, na ordem média de aproximadamente 15,78% (SPPrev),
17,38% (PEC n 287/2016) e 16,36% (IDM72). O crescimento do capital foi
o
seguido por um aumento dos salários. Apesar da queda do primeiro ao décimo
oitavo período (SPPrev), do primeiro até vigésimo sexto (PEC n 287/2016) dos
o
rendimentos dos trabalhadores, que é refletida, em parte, no aumento da dotação
de trabalho agregado e na diminuição nas taxas de juros, os salários continuaram
seu caminho de crescimento até o período aproximado de 46 unidades de tempo
(SPPrev e PEC n 287/2016), em seguida apresentou suave queda até o período
o
70, para depois seguir sua trajetória para o novo estado estacionário, em média:
SPPrev de 4,69% e PEC n 287/2016de 2,29%. Já a IDM72, os salários apresentaram
o
uma variação em relação ao estado estacionário negativa em todo o período de
tempo, apresentando uma queda mais abrupta até o período 20 (-3,22%), com
uma recuperação no período 46 e ajustes até o período 70. Chega ao novo estado
estacionário por volta do período 80, com uma variação negativa próximo a 1,68%.
Como observado na figura 5, para SPPrev relação capital-trabalho aumenta,
com alguns ajustes suaves, do primeiro período até aproximadamente o período
49 (varK/varL = 7,02), e isso é reflexo da queda da taxa de juros e do aumento dos
salários. Em seguida essa relação cai (t = 50: 6,83) demonstrando um pequeno
aumento nas taxas de juros e uma queda nos salários. A relação capital-trabalho
se estabiliza em torno de 5,82. Essa seria a explicação da queda da taxa de juros e
do aumento dos salários para a SPPrev.
Já em relação às políticas propostas, na simulação da PEC n 287/2016 a
o
relação capital-trabalho cai de forma mais intensa até o período 28 (-28,48%). Isso
é reflexo da queda de salário na ordem de -0,08% e do aumento na taxa de juros
de 23,61%. Após alguns ajustes até o período 70, a explicação do aumento dos
salários para o novo estado estacionário (2,29%) foi o aumento da relação capital-
trabalho, que chegou à ordem de 1,64.
Para a simulação IDM72, o resultado ficou diferente: com mais trabalho
disponível, a relação capital-trabalho ficou abaixo de 1 durante todo o período
de transição. Isso é reflexo do fato de aumentos nas unidades de trabalho terem
sido mais intensos do que os ganhos de capitais, assim os salários tiveram uma
variação negativa. No período 20, os salários chegaram ao nível mínimo de -3,22%
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