Page 43 - XXIII Prêmio Tesouro Nacional 2018
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Tema – Equilíbrio, transparência e planejamento fiscal de médio e longo prazo – Rafael Barros Barbosa


                 tabela 2 – projeção local com epu_eua como variável inStrumental

                            Despesa fiscal                          Receita fiscal
              Períodos    (1)       (2)       (3)     Períodos   (1)        (2)       (3)
                0       25.357    -2.365*    -2.417     0       29.513*    0.630     1.450

                        (1.648)   (-1.926)   (-1.996)           (1.831)   (0.279)   (0.664)
                3       26.633     -2.142    -2.273     3       31.293*   -3.712*    -3.061
                        (1.597)   (-1.609)   (-1.591)           (1.858)   (-1.887)  (-1.621)
                6       25.659     -1.468    -1.477     6       31.548*    1.775     2.736
                        (1.634)   (-1.734)   (-1.683)           (1.955)   (0.640)   (0.929)
                12      25.850*    -0.578    -0.430     12      31.140*   -1.227     -0.328
                        (1.822)   (-0.392)   (-0.287)           (2.141)   (-1.283)  (-0.382)
                24      23.943*    -0.057    -0.171     24      32.641*    3.218     4.092
                        (2.162)   (-0.041)   (-0.144)           (2.322)   (0.985)   (1.290)

               F-Homo   14.613     13.249    12.099   F-Homo    14.613    12.188    12.704
               F-HAC     5.351     14.890    12.280    F-HAC    5.351     10.870    10.998
            Fonte: Elaboração do autor.
            Nota: A tabela 2 apresenta os resultados da aplicação do método de projeção local para estimar o efeito de tratamento dinâ-
            mico de choques de incerteza sobre os componentes “receita fiscal” e “despesa fiscal”. A medida de incerteza macroeconô-
            mica para os Estados Unidos foi utilizada como variável instrumental para a medida de incerteza no Brasil. Em parênteses
            estão as estatísticas t-Student. F-Homo e F-HAC são os testes de significância global, assumindo homoscedasticidade e
            heteroscedasticidade, respectivamente. Tais estatísticas são utilizadas para determinar a força das variáveis instrumentais.
            *Significância estatística em 10%.


                  É importante observar que o uso de variáveis instrumentais para identificar
            o efeito de tratamento dos choques de incerteza sobre os resultados fiscais pode
            ser mais bem aproveitado em vários aspectos com a inclusão, por exemplo, de
            medidas de incerteza de outros países, de transformações polinomiais das medidas
            de incerteza, de variáveis interativas das variáveis instrumentais com as variáveis
            de controle, etc. Entretanto, esse não é o objetivo do exercício proposto nesta
            monografia. A realização do exercício visa confirmar que as mesmas conclusões
            gerais obtidas com o SVAR, utilizando-se a identificação de Cholesky, também
            são observadas por meio de formas alternativas de identificação do efeito causal.


                          4 Modelo DSGE com incerteza





                  Esta seção descreve o modelo DSGE, calibrado para a economia brasileira, com
            a introdução dos choques de incerteza. Esse modelo será utilizado na seção 5 com os


                                             Finanças Públicas – XXIII Prêmio Tesouro Nacional – 2018 41
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