Page 48 - XXII Prêmio Tesouro Nacional 2017
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Tema – Dívida Pública e Concessão de Garantias – Josué Alfredo Pellegrini
O gráfico 18 mostra a evolução do custo de carregamento líquido das reservas,
com variação cambial, tal qual apresentada no gráfico 16, só que agora acompa-
nhado da evolução do resultado com as operações de swap cambial. O gráfico
contém ainda o referido custo deduzido do resultado, operação que informa o
custo de carregamento líquido das reservas, já computada a variação cambial
e o resultado das operações com swap cambial. Todos os dados são aferidos no
acumulado dos últimos doze meses, como proporção do PIB.
Gráfico 18 – resUltado com operações de swap camBial
Fonte: Banco Central do Brasil.
É possível perceber que a inclusão do resultado na análise suaviza a evolução
do custo de carregamento líquido, pois a desvalorização cambial provoca efeitos
opostos em cada uma dessas variáveis. As situações observadas em 2015 e 2016
mostram isso com muita clareza. Em 2015, ano da desvalorização cambial, o custo
de carregamento líquido, sem levar em conta os swaps, foi menor que o custo
quando consideradas essas operações, pois elas deram prejuízo. Já em 2016, ano da
valorização, ocorreu situação inversa por força do resultado positivo com os swaps.
Conforme visto, o valor nocional das operações de swap caiu significati-
vamente em 2016, mas estabilizou-se no primeiro semestre do corrente ano. A
tendência dependerá da incerteza quanto à evolução da taxa de câmbio. Se essa
trajetória for previsível, o valor nocional deverá seguir em rota de queda e a
questão abordada neste tópico do estudo perderá importância. Caso a incerteza
aumente, será preciso ver se o BCB atenderá a demandado mercado por proteção
cambial, o que levaria a uma situação similar à de 2015.
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