Page 212 - XXIII Prêmio Tesouro Nacional 2018
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Tema – Equilíbrio, transparência e planejamento fiscal de médio e longo prazo – Cristina Yue Yamanari


                      tabela 7 – reSultado do modelo para ratings da Fitch

          Number of obs  =       666
          F( 12, 653)    =    721,8400
          Prob > F       =      0,0000
          R-squared      =      0,9193
          Root MSE       =      1,3337


                    Fitch            Coef.   Robust Std. Err.  t  P>|t|   [95% Conf. Interval]
          Governança                  0,0829       0,0047   17,54   0,00    0,0737  0,0922

          Default                     -1,7422      0,2186   -7,97   0,00   -2,1714  -1,3129
          PIB                         0,7758       0,0391   19,83   0,00    0,6990  0,8526

          Crescimento do PIB          0,0323       0,0168   1,93    0,06   -0,0006  0,0653
          Volatilidade do PIB         -0,3881      0,1134   -3,42   0,00   -0,6108  -0,1654

          PIB per capita              0,0762       0,0058   13,13   0,00    0,0648  0,0876
          Oferta monetária            0,8051       0,1416   5,69    0,00    0,5270  1,0832

          Inflação                    -0,0733      0,0122   -6,02   0,00   -0,0972  -0,0494
          Endividamento               -0,0149      0,0020   -7,64   0,00   -0,0187  -0,0111

          Acessibilidade da dívida    -0,0524      0,0077   -6,84   0,00   -0,0675  -0,0374
          Investimento direto estrangeiro  0,0509  0,0094   5,40    0,00    0,0324  0,0694

          Reservas internacionais     0,0042       0,0044   0,97    0,33   -0,0043  0,0128
          Fonte: Elaboração dos autores.


               Na estimação para a Moody’s, também resultaram significativas onze variáveis
          nos níveis de 1% e 5%. A única variável não significativa no resultado foi a oferta
          monetária, o que pode ser explicado, em parte, pelo fato de a agência não utilizar a
          variável em sua nota metodológica.

               Assim como na Fitch, o default é a variável que mais prejudica soberanos
          com o registro em seu histórico dos últimos dez anos, em média reduzindo em
          duas notas o rating atribuído. Por outro lado, o crescimento do PIB é o determi-
          nante que mais contribui positivamente para a nota final, elevando-a, em média,
          em 0,7 ponto. Na análise fiscal, a Moody’s (2015a) considera que a carga da dívida
          é o ponto de partida para a análise da saúde fiscal do soberano. Na avaliação da
          agência, mais de um terço das inadimplências ocorre como resultado de desequi-
          líbrios fiscais e externos. Para cada aumento na relação dívida/PIB, espera-se, em
          média, a redução de 0,015 no rating atribuído.


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